Ópera "O Refletor", de Kaplan, será apresentada neste sábado na Sala Radegundis Feitosa

O LAMUSI, a Academia de Ópera e Repertório e a Orquestra Sinfônica Acadêmica da UFPB, formada por alunos de graduação e pós-graduação e por professores do DEMUS/UFPB, apresentam neste sábado, 20 de dezembro, às 19 horas, O Refletor, Ópera em Três Quadros, do compositor argentino naturalizado brasileiro José Alberto Kaplan, que foi professor do Departamento de Música da UFPB (DEMUS). O evento acontece na Sala de Concertos Radegundis Feitosa, que fica no Campus I da UFPB.

A montagem da ópera O Refletor reúne um elenco e uma equipe artística de grande destaque no cenário da música erudita brasileira, combinando trajetórias consolidadas, reconhecimento nacional e internacional e um forte compromisso com a formação e a difusão da ópera. O espetáculo ganha vida a partir de interpretações marcantes e de um trabalho musical e cênico cuidadosamente construído, que transforma esta produção em um acontecimento especial e inédito para o público.

Com um time artístico de alto nível, O Refletor se apresenta como mais do que um espetáculo: é um encontro de gerações, experiências e linguagens, que celebra a ópera como arte viva, atual e profundamente conectada com o público. Uma oportunidade rara de assistir a uma produção que une excelência musical, força dramática e o talento de artistas que fazem da cena lírica brasileira um espaço de constante renovação.

Regência e direção musical

À frente da direção musical está Wendell Kettle, um dos nomes mais respeitados da regência sinfônica e operística no país. Doutor pelo Conservatório Estatal Rimsky-Korsakov de São Petersburgo, com sólida formação no Brasil e no exterior, Kettle construiu uma carreira internacional que o levou a reger óperas, concertos e festivais no Brasil, Rússia, Itália, República Tcheca e Romênia.

Sua atuação à frente de O Refletor reafirma seu compromisso com a excelência artística e com a formação de novos talentos, imprimindo rigor musical e sensibilidade dramática à montagem.

Premiado em concursos de prestígio e reconhecido como uma das grandes revelações da regência brasileira, é Wendell Kettle é atualmente Diretor Artístico do Festival de Ópera de Pernambuco e professor de Regência do Departamento de Música da UFPB, onde assumiu recentemente a coordenação do LAMUSI - Laboratório de Música Aplicada. 

O elenco

No elenco principal, o papel de João da Silva é interpretado pelo tenor Gilberto Chaves, artista de carreira sólida e versátil. Premiado em importantes concursos nacionais, como o Vozes do Brasil e o Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão, Gilberto também teve formação internacional como bolsista do Opera Studio da Hochschule für Musik de Karlsruhe, na Alemanha. Atuou como tenor solista em companhias de ópera reconhecidas e integrou grandes produções de musicais da Broadway no Brasil, como O Fantasma da Ópera e A Bela e a Fera. Além da atuação nos palcos, destaca-se como preparador vocal de grandes elencos, professor de canto e comunicador à frente do canal Lugar da Voz, unindo técnica, experiência e comunicação direta com o público.

A soprano paraibana Izadora França dá vida à personagem Cafetina, trazendo ao espetáculo uma trajetória profundamente ligada à música desde a infância. Filha de músicos, iniciou cedo no canto coral e construiu uma carreira consistente como solista e coralista. Bacharel em violino pela UFPB, aperfeiçoou sua técnica vocal com importantes professores e integrou, por oito anos, o Madrigal da UFBA como solista. De volta à Paraíba, atua como preparadora vocal, professora e coordenadora de projetos de extensão, além de integrar a Academia de Ópera e Repertório do Recife, onde vem se destacando como solista protagonista no Festival de Ópera de Pernambuco. Izadora também é membro fundadora do Grupo Curta Ópera PB, reforçando seu papel ativo na difusão da ópera em João Pessoa.

No papel da Repórter, o espetáculo conta com o sopranista Kleiton D’Araújo, um dos poucos contratenores em atividade no Brasil. Com formação acadêmica diversificada no Brasil e em Portugal, Kleiton construiu uma trajetória marcada pela pesquisa vocal, pela atuação como cantor lírico e pela dedicação ao ensino. Premiado em concursos importantes, apresentou-se em festivais e produções de ópera no Nordeste e em outras regiões do país. Além de intérprete, é professor de canto, produtor e idealizador da Cia Operação, grupo dedicado ao teatro musical, onde também atuou como diretor cênico e musical. Sua presença em O Refletor acrescenta singularidade vocal e forte expressividade cênica à montagem.