Sandra Raquew Azevêdo, coordenadora do Observatório do Jornalismo Semiárido, participa de ações e debates para fortalecer a educomunicação e o jornalismo ambiental no contexto das mudanças climáticas.

A professora Sandra Raquew Azevêdo, do Departamento de Jornalismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e coordenadora do Observatório do Jornalismo Semiárido (Objorsemiárido), participou na manhã desta quinta-feira (13) de uma roda de conversa na COP30, realizada em Belém (PA), ao lado dos pesquisadores Fernanda Lazar, Gabriel Razzo, e Evelyn Morales, parceiros do Projeto Educom Clima. O debate reforçou a importância da educomunicação e do jornalismo na construção de narrativas sobre o meio ambiente e o clima a partir da perspectiva dos biomas brasileiros.
➡ Você pode conferir a roda de conversa através desse link: https://www.youtube.com/live/gf7O-TaB0fQ
Segundo Sandra, o Observatório vem desenvolvendo há vários anos ações de pesquisa e extensão voltadas à questão ambiental, analisando a forma como a mídia aborda temas relacionados ao clima e ao meio ambiente. “O Observatório do Jornalismo Semiárido vem há vários anos trabalhando com a temática da questão ambiental a partir do bioma do semiárido. A gente tem trabalhado a partir do horizonte da educação, dentro da interface educação e comunicação, desenvolvendo ações de extensão, mas também ações de pesquisa, das abordagens que a mídia traz a respeito, por exemplo, de acontecimentos que envolvem clima e meio ambiente”, destacou.
A professora ressaltou ainda que a participação na COP30 representa um esforço conjunto de várias instituições parceiras que atuam na área da educomunicação socioambiental, articuladas por meio do Grupo de Trabalho de Educomunicação Socioambiental da ABPEducom (Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação).
Sandra explicou que o grupo tem se preparado intensamente para o evento, com o objetivo de ampliar a incidência da educomunicação nas discussões climáticas e fortalecer parcerias em torno de ações concretas durante e após a COP. “Para a gente, é muito importante o fortalecimento dessa agenda”, afirmou.
Além das atividades de pesquisa e articulação institucional, a professora também destacou a importância da formação de novos jornalistas com olhar sensível e crítico sobre as questões ambientais. “A gente vem construindo uma formação continuada dentro do curso para que os jovens jornalistas possam compreender temas como racismo ambiental e a relevância da agenda climática para as políticas governamentais”, disse.
O Observatório também promove projetos de extensão, como o Clube de Leitura Narradoras do Tempo, que realiza curadorias de obras produzidas por mulheres que abordam diversas temáticas, inclusive as de cunho ambiental. Em seu último encontro, contou com a presença da jornalista e quadrinista Gabriela Gullich e das comunicadoras e ativistas indígenas do projeto Águas Potiguara, Clara Potiguara e Nhanderu Potiguara, reunindo cerca de 60 estudantes de jornalismo.