A professora do Departamento de Jornalismo, do CCTA/UFPB, Sandra Raquew Azevêdo, está em Belém (PA), para participar da mesa-redonda 'Educomunicação, mídia e desinformação climática', atividade que integra a programação a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
A mesa é organizada pelo projeto Educom Clima, da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom).
A professora Sandra ressalta a importância de professores e pesquisadores universitários estarem discutindo essa temática dentro do jornalismo em um dos eventos mais importantes dos últimos tempos: “Temos feito um trabalho de formar os estudantes para a questão climática e ambiental. Eu sou uma professora que trabalha com jornalismo segmentado, jornalismo especializado e assessoria de imprensa. Então, eu venho pautando, construindo uma formação continuada dentro do curso de Jornalismo para que os (as) jovens repórteres, os (as) jovens jornalistas possam ter um olhar também para as questões ambientais e climáticas, dentro de um guia que possa trabalhar temas como racismo ambiental, que possa compreender melhor as experiências a partir da especificidade dos biomas, que possa compreender a relevância da agenda do clima para as políticas governamentais.”
Ela ainda explica que se tem buscado trabalhar esse tipo de conteúdo dentro de um currículo ativo e participativo, além dos projetos de Extensão como o ‘Clube de Leitura Narradoras do Tempo’, da qual é coordenadora: “No projeto Narradoras do Tempo, temos feito a curadoria de obras que discutem a questão ambiental, que trabalham com a questão ambiental. Na nossa última sessão, trouxemos uma quadrinista chamada Gabriela Gilles e representantes do projeto Águas Potiguaras, a Clara Potiguara e Nhanderu Potiguara, que estiveram conosco. Então, juntamente com um público de quase 60 estudantes de jornalismo. Então, para nós é importante fazer esse intercâmbio de experiências em sala de aula e fora dela e problematizar com o grupo. Essas ações no sentido de fortalecer competências jornalísticas para trabalhar com a questão ambiental."
Sandra, ainda destaca a importância do trabalho do Observatório do Jornalismo Semiárido (Objor Semiárido), do qual faz parte. Ela relata que o Objor vem há vários anos trabalhando com a temática da questão ambiental a partir do bioma do semiárido: “Nós fizemos um trabalho sobre a questão da representação da transposição do Rio São Francisco. E temos esse trabalho publicado e também disponível no site do OBJ semiárido. E hoje a gente está aqui como representante também de um processo maior de articulação de várias instituições parceiras que trabalham dentro desse campo.”
Criado em 2013, pelo Grupo de Pesquisa em Jornalismo, Gênero e Educomunicação da UFPB, o Objor Semiárido faz o monitoramento da mídia, do horizonte das temáticas, das abordagens que a mídia traz a respeito, por exemplo, de acontecimentos que envolvem clima e meio ambiente.
Redação: Débora Freire (jornalista no CCTA)
Arte: site oficial da COP30
Data da publicação: 13/11/25