O Coletivo Autista da UFPB promoverá, no próximo dia 28, a oficina ‘Inteligência artificial como estratégia pedagógica e de acessibilidade comunicacional para pessoas neurodivergentes’.
A atividade, que se caracteriza como oficina de Extensão do Fluxo Contínuo de Extensão (FLUEX), do CCTA/UFPB, será realizada gratuitamente pelo Google Meet, das 14h às 15h.
A oficina apresentará a GRALHA, uma inteligência artificial que pode apoiar a comunicação acessível e o processo de (auto)aprendizagem de pessoas neurodivergentes, em especial pessoas autistas adultas, inclusive em momentos de intenso distresse (estresse negativo). Essa ferramenta virtual utiliza técnicas de Linguagem Simples que podem deixar mensagens, orientações, conteúdos acadêmicos e outras necessidades comunicacionais cotidianas mais nítidas, diretas e fáceis de serem empregadas.
A formação será conduzida pela professora do Departamento de Artes Cênicas (DAC), do CCTA/UFPB, Dra. Caroline de O. Martins, e apoiada por David Obadias dos Santos, integrantes do Coletivo Autista da UFPB (CAU). A oficina também terá a participação de duas pessoas convidadas:
- Marcia Ditzel, que falará sobre a inteligência artificial GRALHA. Ela é analista judiciária e legal designer na Justiça Federal do Paraná, onde também coordena o Laboratório de Inovação e Criatividade (LINC). Além disso, lidera projetos de Linguagem Simples, inclusão e acessibilidade, como o GRALHA-GPT, e iniciativas que fortalecem a cultura de inovação no Judiciário.
- Pedro Lucas Costa e Lopes, que abordará o tema Linguagem Simples. Ele é pessoa autista, doutorando em Psicologia do Desenvolvimento e Escolar pelo Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB). Também é Mestre em Educação Especial pela Universidade Fernando Pessoa – Porto, Portugal (2022) e Licenciado em Pedagogia.
O público-alvo da oficina inclui integrantes do CAU, estudantes e professores do DAC, extensionistas do projeto ‘Voluntariado no Coletivo Autista da UFPB‘ e demais pessoas interessadas.
Durante a atividade, serão apresentados temas como:
- Por que a Linguagem Simples pode ser fundamental para neurodivergentes? (ex.: pessoas disléxicas);
- O que é a GRALHA e como pode ser usada para facilmente transformar textos complexos em textos acessíveis?;
- Como a GRALHA pode ser aplicada no cotidiano de pessoas neurodivergentes?;
- Estratégias pedagógicas para uso dessa ferramenta virtual no ensino superior por discentes e docentes neurodivergentes (ex.: autistas), bem como por docentes neurotípicos/as (ex.: pessoas não-autistas).
A oficina também terá espaço para perguntas e demonstrações práticas.
A proposta busca incentivar práticas pedagógicas mais inclusivas e fortalecer a acessibilidade comunicacional dentro e fora da universidade.
Pessoas interessadas podem fazer pré-inscrição via formulário.
Se for autista docente, que atua ou atuou na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio ou Educação Superior, e desejar integrar grupo de WhatsApp para compartilhar experiências profissionais e/ou pessoais, basta informar seus dados no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe5o3YgVEDdcATHLWpkiR4MsSp6xulMw_qUWGQ2c_u7Z94E-A/viewform?usp=send_form&pli=1&authuser=0.
Redação: Débora Freire (jornalista no CCTA) c/ informações da professora do DAC/CCTA, Caroline O. Martins
Arte: Coletivo Autista da UFPB
Data da publicação: 18/11/25